Provérbios

(A)
A justiça tarda mas não falha.
A ocasião faz o ladrão.
(B)
Barco parado, não faz viagem.
Burro velho não toma andadura; e se a toma, pouco dura.
Burro velho, mais vale matá-lo que ensina-lo.
(C)
Cada cabeça sua sentença.
Cada macaco no seu galho.
Cada maluco com a sua mania.
Cada um puxa a brasa para a sua sardinha.
(D)
Dá Deus nozes, a quem não tem dentes.
Da discussão nasce a luz.
De manhã ao monte, de tarde á fonte.
De médico e de louco, todos temos um pouco.
(E)
É mais fácil prometer que dar.
Em Abril águas mil.
Escuta o conselho dos outros e segue o teu.
(F)
Fala-se no diabo e ele aparece.
Filhos criados, trabalhos dobrados.
Flor ao peito, asno perfeito.
Formosura, pouco dura.
(G)
Galinha que canta, faca na garganta.
Galinha cantadeira é pouco poedeira.
Galo que acompanha pato morre afogado.
Guarda-te do homem que não fala e do cão que não ladra.
(H)
Há males que vêm por bem.
Há mar e mar, há ir e voltar.
Haja fartura, que a fome ninguém a atura.
Homem prevenindo vale por dois.
(I)
Imita a formiga e viverás sem fadiga.
Inverno de Março e seca de Abril, deixam o lavrador a pedir.
Ira e cobiça, não querias havê-las por companheiras.
(J)
Janeiro fora, cresce uma hora.
Janeiro geoso e Fevereiro chuvoso fazem o ano formoso.
Janeiro molhado, se não é bom para o pão, não é mau para o gado.
Julho quente, seco e ventoso, trabalha sem repouso.
(L)
Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão.
Lágrimas de herdeiros, sorrisos sorrateiros.
Longe da vista, longe do coração.
(M)
Mais vale ir, do que mandar.
Mais vale prevenir, que remediar.
Mais vale prudência que ciência.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.
(N)
Na casa cheia, depressa se faz a ceia.
Não adianta chorar sobre o leite derramado.
Não contes os pintos senão depois de nascidos.
Não há bala sem senão.
(O)
O barato sai caro.
O bom julgador por si se julga.
O ladrão volta sempre ao local do crime.
O mal e o bem á face vem.
(P)
Paga o justo pelo pecador.
Pagar e morrer, é a última coisa a fazer.
Pai rico, filho nobre, neto pobre.
Pela boca morre o peixe.
(Q)
Quando a esmola é muita, o pobre desconfia.
Quando está fora o gato folga o rato.
Quanto maior a nau, maior a tormenta.
Quanto mias alto se sobe, maior o trambolhão.
(R)
Ramos molhados, anos melhorados.
Ri melhor quem ri por último.
Rogos de rei, mandados são.
(S)
Saber esperar é uma grande virtude.
Santos da Terra não fazem milagres.
Se queres ver o teu marido morto, dá-lhe couves em Agosto.
Seda em Janeiro, ou fantasia ou falta de dinheiro.
(T)
Tanta vez vai o rato ao moinho, que um dia fica lá com o focinho.
Tempo é dinheiro.
Tostão a tostão faz um milhão.
(U)
Um dia, não são dias.
Um homem atrapalhado, é pior do que uma mulher bêbada.
Um mal nunca vem só.
Uma mão lava a outra e as duas lavam a cara.
(V)
Vão os anéis mas fiquem os dedos.
Vaso ruim não quebra.
Vê-se na adversidade o que é a amizade.
Velho casado com nova, filhos até á cova.
(Z)
Zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades.Zurros de burro não chegam aos céu

Recolha do Campo
Recolha efectuada por: nice_girl