8A Madeira

O blog 8A Madeira assume-se como um blog de divulgação dos trabalhos de pesquisa levados a cabo pelos alunos da turma A do 8º Ano da Escola Básica e Secundária Dª Lucinda Andrade, em São Vicente, Ilha da Madeira na aula de SMS- Madeira. É um espaço de partilha e divulgação de ideias aberto à comunidade escolar local e global.

15 de fevereiro de 2007

HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS NO BRASIL

Quando habitantes da montanhosa ilha da Madeira resolveram migrar para o Brasil, encontraram na região de Santos um dos melhores lugares, a começar pelo nome da ilha, São Vicente, que recordava localidade homônima em seu arquipélago do meio do Atlântico. Além disso, ilustres patrícios já os antecederam, trazendo na bagagem os instrumentos e as técnicas para a usinagem do açúcar e o preparo do vinho, além de atuarem como entreposto no comércio entre Brasil e Portugal.
E, em Santos, as encostas dos morros lembraram também sua montanhosa terra natal. Em terras santistas, a colónia madeirense ficou conhecida por suas festas e pelas bordadeiras, que continuaram em terras brasileiras as técnicas ancestrais que deram fama à sua ilha.

Http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0134.htm

Recolha efectuada por: freitas

Bordado da Madeira

A INDUSTRIA DO BORDADO

Olhar para um bordado, é como viajar num mundo de fantasia, cor, imaginação e muita arte. A arte dos pontos e das laçadas onde se adivinham horas de trabalho e dedicação.Os bordados Madeira são uma recordação cobiçada pelos visitantes, tanto pela sua beleza como pelo seu esmero de execução e podem encontrar-se das mais variadas formas, que vão desde a sumptuosa toalhas de mesa a delicados lenços de mão.Não se sabe ao certo quando é que se começou a bordar na Madeira. Porém, calcula-se que no princípio do século XIX tenham surgido as primeiras criações, devido à influência inglesa.Em Junho de 1850, o bordado Madeira apareceu como novidade ao público, na Exposição da Indústria Madeirense, e teve a sua primeira apresentação no estrangeiro quando um ano mais tarde, e a convite da rainha Vitória, a ilha da Madeira esteve representada em Londres numa exposição de indústrias diversas.O impulso dado à indústria do bordado, ficou a dever-se a Miss Phelps, filha de um comerciante Inglês residente no Funchal. Por volta de 1860, o bordado já era uma autêntica indústria. Por toda a ilha já se contava com milhares de bordadeiras. Só vinte anos mais tarde é que este bordado chegou à Alemanha e então alguns comerciantes alemães vieram estabelecer-se no Funchal.Em 1900, começou a ser feita a industrialização com destino à América, feita por sírios ali estabelecidos.

INFLUÊNCIAS DO BORDADO

O bordado da Madeira sofre algumas influências; não só das rendas inglesa, de Milão, Burano e Burges como recebeu do bordado renascença, richelieu e do veneziano.Esta influência levou à constituição de outro tipo de bordado madeira, muito semelhante a uma renda pesada, muito mais rico e decorativo.O bordado Madeira mais antigo, é caracterizado por: bordaduras em grinalda, caseados, filas de ilhós, garanitos (ou granitos), rosetas, estrelas, viúvas e cavacas.que tanto podem ser aplicadas em barras de lençóis, toalhas de mão, vestidos, camisas de noite e lenços.

COMO NASCE O BORDADO MADEIRA

As fábricas não são os locais onde o bordado se executa, mas sim casas comerciais onde se encontram os operários, secções de exportação e lojas de vendas, pois os bordados são feitos pelas bordadeiras em suas casas depois dos desenhadores das fábricas os terem desenhado.O bordado tem uma história muito sua, antes de chegar às mãos de quem o adquire.Os tecidos usados nesta indústria, são o linho, o algodão, a seda natural, o organdi e as fibras sintéticas, que antes de seguirem para as bordadeiras (acompanhados de uma chapa com a indicação das cores e pontos a utilizar) passam pelos estampadores, que, utilizando o papel vegetal (previamente desenhado e picotado pelos desenhadores) pressionado sobre o tecido com uma espécie de almofada (também chamada de boneca) tingida de azul ou preto, assinalam as zonas a bordar.Após terminado o bordado, este volta à cidade, uma vez que as bordadeira vivem no campo, para a fábrica, onde é verificado, recortado, lavado e engomado. Esta sucessão de operações só termina com a verificação final, e na colocação do selo de chumbo, que garante a sua qualidade e perfeição, aposto pelo IBTAM (Instituto do Bordado, Tapeçarias e Artesanato da Madeira). Está pronto para ser vendido em qualquer casa especializada da ilha ou de seguir para exportação.No final o sucesso está na apreciação do bordado pelos mais sensíveis e adeptos da verdadeira arte.

In: http://www.guia-madeira.net/

Recolha efectuada por: skate_girl

O Senhor Jesus de Ponta Delgada

Na época recuada em Ponta Delgada não passava de um simples lugar submetido á jurisdição de Vila Franca do Campo, então capital da ilha de São Miguel, passou-se um facto milagroso que originou a construção da igreja que ficou sendo a paroquial.
Certa manhã, em muitas outras ocasiões, uma mulher foi para a praia apanhar lapas nas rochas, avançando o mais que podia pelo pontão rochoso que entrava no mar. Encontrava-se ela no extremo da rocha quando viu, surpresa, boiando nas águas, um crucifixo com a figura de Jesus em tamanho natural. Curiosa, avançou um pé para o agarrar e tentar puxar para terra, mas escorregando na rocha lisa voltou para trás como pôde e dirigiu-se á povoação.
Foi a casa do padre, ao qual contou o sucecido, e este, impressionado com o relato da mulherzinha, acompanhou-a de volta á praia. No mesmo sítio aguardava-os o crucifixo, como que esperando que o tirassem das águas. O padre meteu-se então pelo mar dentro e facilmente o sacou para a praia, onde estava já um grupo de gente que acorrera pressurosa ao saber o que se passava. Assim, formou-se uma pequena procissão que acompanhou o crucifixo até à capela de Ponta Delgada, murmurando respeitosamente orações.
No dia seguinte, porem, gerou-se o pasmo quando alguém encontrou o crucifixo enterrado a prumo na areia da praia, próximo do local onde na véspera o tinham achado. E novamente se agruparam as gentes em procissão com um respeito que denotava o sentirem-se face a um caso maravilhoso.
Horas depois, mais uma vez sem que se desse por isso, a cruz do Senhor Jesus aparecia na praia, no mesmo local, mas desta vez rodeada de canas, como que demarcando o local e as dimensões de um templo onde Cristo parecia querer ficar, definitivamente.
Antes este facto insólito, ninguém mais tocou no crucifixo, e pouco tempo depois era iniciada a construção da igreja que, como já disse, passaria a ser a paroquial.
Conta ainda a lenda que para impedir os ímpetos do mar foi feito um muro de protecção. Contudo, as águas afluíam ao adro como se nada protegesse o templo da fúria do mar, sem que jamais penetrassem no interior da igreja. Todos estes factos milagrosos concorreram para a fama deste templo, ao qual passaram a afluir devotos populares cheios de fé.


In Lendas Portuguesas. Fernanda Frazão
Elaborado por: Víter

Lenda da Madeira

Um velho marinheiro chamado Machico, ouvira falar de umas ilhas encantadas. O seu grande desejo era encontrar essas ilhas tão belas. Ao amanhecer de um belo dia carregou a sua barca e partiu á descoberta das ilhas.
Passados alguns dias avistaram no horizonte névoas sobre o mar e curiosos, seguiram nessa direcção. De repente, a nuvem começou a descobrir-se e os mareantes ajoelharam-se maravilhados, A ilha era bela e verdinha demais.
Foi chamada então ilha da Madeira pelo muito arvoredo que nela existia.

Lenda da Madeira, Jaime Cortesão (Adaptação)

Recolha efectuada por Viter

Madeirenses em Santos no Brasil

Quando habitantes da montanhosa ilha da Madeira resolveram migrar para o Brasil, encontraram na região de Santos um dos melhores lugares, a começar pelo nome da ilha, São Vicente, que recordava localidade homônima em seu arquipélago do meio do Atlântico. Além disso, ilustres patrícios já os antecederam, trazendo na bagagem os instrumentos e as técnicas para a usinagem do açúcar e o preparo do vinho, além de actuarem como entreposto no comércio entre Brasil e Portugal.
E, em Santos, as encosta dos morros lembraram também sua montanhosa terra natal. Em terras santistas, a colónia madeirense ficou conhecida por suas festas e pelas bordadeiras, que continuaram em terras brasileiras as técnicas ancestrais que deram fama à sua ilha.

Retirado do site: http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0134.htm

Pesquisa efectuada por: Epson

A LENDA DE SÃO BRANDÃO

São Brandão foi um monge irlandês que viveu no século VI. Ele lançou-se numa aventura marítima na ideia de encontrar o paraíso terrestre. Essa viagem deu origem a uma lenda descrita no livro "Vita Sancti Brandani Abbatis, Navigatio Sancti Brandani". Segundo esse livro, São Brandão teria encontrado uma ilha magnífica, cheia de árvores e muita flora, o que o levou a pensar que estava no paraíso terrestre. A "ilha de São Brandão" chegou a ser demarcada nalgumas cartas marítimas, e foi identificada por muitos com sendo a Madeira.
Esta lenda contribuiu para impulsionar os Descobrimentos Portugueses, pois não faltaram expedições que procuraram em vão esse paraíso.

retirado so site http://members.fortunecity.com/rui_nuno_carvalho/madeira.html

recolha de campo efectuada por el matador

Lenda de Machim


Segundo alguns registos, a Ilha da Madeira teve como primeiros habitantes (e descobridores) um jovem inglês, alguns dos seus correligionários, e a sua amada. A “Epanáfora Amorosa” de Francisco Manuel de Melo relata este episódio. Reza a lenda de Machim que, entre o final do séc. XIV e o início do séc. XV, existiu em Inglaterra um jovem inglês de nome Roberto Machim, enamorado de uma dama inglesa, Ana de Arfert, que, apesar de corresponder a esse enamoramento, e por vontade dos seus familiares, estava prestes a casar com um nobre. O desespero dos jovens enamorados era tal, que Machim combinou com alguns dos seus amigos resgatar a noiva antes do casamento, e levá-la de barco para França, então em guerra contra os ingleses, na Guerra dos Cem Anos. Era então o refúgio de eleição para qualquer foragido inglês. Conseguiram combinar com a jovem a data para a execução desse plano que, segundo consta, foi nas vésperas da data marcada para o casamento. Na data agendada conseguiram os seus intentos e fugiram para mar alto, a fim de não serem detectados por qualquer vigilante mais atento que estivesse na costa inglesa. Quase de imediato foram assolados por uma tempestade que os fez perder o rumo. Após sofrerem os maiores agruras devido à tempestade, e não tendo a bordo um piloto experiente que os voltasse a colocar no seu rumo, andaram à deriva durante dias até que viram ao longe uma "grande mancha verde". Apesar do medo perante o desconhecido, o desespero levou-os a aproximarem-se. Viram-se então em frente à ilha, que mais tarde se designaria por Ilha da Madeira. Por a dama encontrar-se doente após tanto tempo no mar, desembarcaram na enseada que é hoje a baía de Machico. O seu desespero por terra firme era tal que saíram sem tomarem as devidas providências quanto à ancoragem do barco. Após explorarem aquele pequeno bocado da ilha e de terem saciado a sua sede, aperceberam-se que nova tempestade se avizinhava. Procuraram refúgio por entre as raízes de uma frondosa arvore que lá se encontrava - o diâmetro da circunferência do tronco da mesma era tal que na sua base havia uma concavidade que conseguia albergar muita gente sem que houvesse falta de espaço. Após amainar a tempestade aperceberam-se que o mar, que os havia aí conduzido, tinha-lhes retirado o barco que os deveria daí levar. Essa constatação levou a dama ao desespero, cujo estado de saúde estava já debilitado, vindo a falecer passados poucos dias. Machim, já desesperado pelo rumo que havia tomado a sua aventura, ergueu junto à sepultura da sua amada uma enorme cruz em madeira (junto à frondosa árvore onde haviam encontrado abrigo), e foi afectado por uma melancolia tal, que não tardou uma semana antes de juntar-se-lhe no subsolo fértil da ilha. Todos os restantes membros da expedição que lá ficaram, fizeram de tudo para sobreviver, alguns sucumbiram, outros houve que resistiram até à passagem de um barco de mouros que os resgatou - não que sem antes tivessem gravado na cruz uma breve história dos dois amados. Esses homens foram levados para o Norte de África e vendidos como escravos. Segundo consta, um deles conseguiu ser resgatado à sua escravidão por um desses pagamentos pela libertação de cativos que os cristãos faziam com os negociantes africanos. Sobreviveu assim alguém que contou a saga de Machim, tendo chegado rumores dessa descoberta aos portugueses. A mesma lenda refere que os "primeiros" descobridores portugueses, quando aí chegaram alguns anos depois, conseguiram descobrir a cruz de madeira e a inscrição e ergueram na concavidade da árvore a primeira capela da ilha, e atribuíram o nome de Machico em honra dessa inscrição. A origem destes relatos é um tanto ou quanto inconsistente, pois não há relatos escritos do achado da cruz pelos descobridores portugueses, e, segundo consta, baseia-se em registos desse sobrevivente que ficaram nos arquivos marítimos ingleses. A sua divulgação coincidiu com um período difícil da história portuguesa, que foi o da restauração da independência em 1640.Na altura houve grandes concessões da coroa portuguesa. Por altura do casamento de Catarina de Bragança, filha de D. João IV, com Carlos II de Inglaterra, houve uma dádiva de algumas possessões ultramarinas no dote da princesa. Consta que a segurança da aliança com a Inglaterra, face à ameaça da poderosa Espanha foi tão valorizada, que D. Luísa de Gusmão, rainha portuguesa, sondou os negociadores do tratado sobre a eventualidade de acrescentar igualmente a Ilha da Madeira no dote da sua filha - acabando por tal não acontecer. Tanto a lenda como esta última eventualidade são meras especulações, pelo que requerem investigações que as fundamentem.

Retirado de: "
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lenda_de_Machim"
Trabalho efectuado por: Cookinha e Cookiezinha

No tempo das bruxas

Há muitos anos, um homem destemido falava com os amigos que não acreditava em bruxaria, mas que iria a um sítio da freguesia que tinha um cruzamento, e onde se falava que as bruxas se reuniam à meia-noite, afim de descobrir quem eram.
Numa noite de lua cheia, o mesmo compareceu no local e à hora indicada. Depois de ver quem eram, as bruxas disseram-lhe: - “Se contares a alguém quem somos, vais arrepender-te.”
Como ele não acreditou, no dia seguinte contou aos amigos o sucedido.
Nessa mesma noite, o mesmo apareceu, num rochedo a meio do mar, chamado ilhéu preto, tendo sido necessário usar um barco para o resgatar.

Recolha de campo efectuado por el matador

8 de fevereiro de 2007

O Milagre da Sra. do Monte

Nos primeiros tempos da colonização da ilha da Madeira, havia uma ribeira de água límpida e abundante rodeada de terras férteis que encantou os portugueses que lá chegaram. Mas um dia um senhor poderoso resolveu ter aquela água só para si e canalizou a fonte para as suas terras. A população desesperada, porque aquela água era imprescindível à sua sobrevivência, resolveu fazer uma procissão à Senhora do Monte, implorando para que a água voltasse a brotar naquela fonte. O milagre aconteceu e a água encheu de novo a fonte, mas em quantidade menor do que no início. O povo utilizou então em seu benefício a ideia do desvio da água e, construindo regos ou cales, levaram a água mais longe, tornando férteis muitos campos e quintas. A ribeira ficou a ser conhecida como a ribeira de Cales e o milagre da Senhora do Monte ficou para sempre na memória popular.
Retirado do site: http://lendasdeportugal.no.sapo.pt/distritos/madeira.htm
Pesquisa efectuada por Nacu.

Lenda do Cavalum


As Furnas do Cavalum, na vila de Machico da ilha da Madeira, são umas grandes grutas escavadas na rocha de basalto que o povo diz serem a morada de um monstro. Cavalum é um diabo em forma de um enorme cavalo com asas de morcego que deita fogo pelas narinas. Ainda é possível, em dias de temporal, ouvir os urros e as patadas do Cavalum ecoar nas paredes da gruta. Embora haja quem diga que estes ruídos não são mais do que o eco do ribombar dos trovões, o povo afirma serem do monstro que ali foi obrigado a ficar contra a sua vontade. Segundo a lenda, nos tempos em que o Cavalum andava à solta, foi a besta bater à porta de igreja para falar com Deus. Quando Deus lhe perguntou ao que vinha, o Cavalum disse-lhe que lhe queria propor um desafio: o monstro tinha a intenção de destruir toda a povoação, igreja incluída, e queria ver se Deus, que já estava um bocadinho velho, tinha forças para o impedir. Deus mandou-o embora dizendo que não tinha paciência para tais brincadeiras. Mas o Cavalum, que achou que tinha sido honesto em O avisar, reuniu o vento e as nuvens e juntos despertaram uma grande tempestade que se abateu terrível sobre a povoação. Do alto do penhasco, o Cavalum relinchava de satisfação perante a aflição dos habitantes. Mas Deus, envolvido nas suas mantas diante da lareira, não mexeu um único dedo, pensando que o Cavalum depressa se cansaria da sua brincadeira. Mas a tempestade subiu de intensidade e o povo, atemorizado, viu as casas e os campos serem arrasados. Até o crucifixo voou pelos ares até ir parar ao mar, levado pelo vento, por indicação especial do insolente Cavalum. Foi aí que Deus começou a ficar mesmo muito irritado e decidiu acabar com toda aquela provocação infantil. A sua primeira reacção, claro está, foi fazer com que um barco que estava no mar achasse o crucifixo. Depois chamou o sol que apareceu com toda a sua força, afastando as nuvens, o vento, os trovões e os relâmpagos. O céu ficou azul e a felicidade voltou ao coração dos homens. Não querendo mais ser interrompido nos seus afazeres pelas tropelias do monstro, Deus decidiu prender o Cavalum nas grutas, onde ainda hoje de vez em quando se ouvem os seus protestos de raiva e desespero.




Pesquisa efectuada por Nacu.

Fábrica de Manteiga de São Vicente




Ligado ao gado bovino estava o aproveitamento do leite, utilizado única e exclusivamente no fabrico de manteiga. No conselho existia a cooperativa de lacticínios do norte, que aproveitava o leite das vacas dos seus associados para fabrico de manteiga. Ao sítio do Livramento estava a fábrica, movida a energia duma central hidroeléctrica no sítio do Cabouco. O leite era desnatado nos diversos postos existentes na freguesia, sendo depois as natas conduzidas à fábrica por operários. A criação dos postos de desnatação era solicitada pelos proprietários dos diversos sítios em requerimento dirigido à Câmara Municipal de São Vicente.

Recolha efectuada por: Pimentinha


Indústria da Cal de São Vicente

Em termos geológicos a freguesia de São Vicente apresenta uma particularidade em relação ás de mais, isto é, uma intercalação calcária marinha, que só tem caso parecido nas ilhas de Santa Maria e Porto Santo. A exploração da pedreira calcária remonta a meados do século XVII. A referida pedreira fora adquirida pelo vigário de São Vicente, Francisco Pestana, que depois a doou à confraria do Santíssimo Sacramento. Foi ele que iniciou a sua exploração, construindo nas suas imediações um forno. Este filão calcário foi de grande importância no decurso dos séculos XVIII e XIX para a construção.

Recolha efectuada por: Pimentinha

Antigo colégio de São Vicente

Em 1890 a professora Emília de França Dória era detentora de uma escola de ensino primário nas Feiteiras, frequentada por 30 crianças. A primeira experiência conhecida de ensino secundário em São Vicente, ocorreu em 1916, altura em que um professor solicitou à Câmara autorização para ensinar na escola, fora da hora de expediente, o 1º ano do liceu.
Recolha efectuada por: Pimentinha

1 de fevereiro de 2007

A lenda de Machico

Uma Lenda da Madeira

Na corte inglesa de Eduardo III, vivia um homem de sangue plebeu e alma nobre, Roberto Machim, que tinha como melhor amigo e companheiro de armas o fidalgo D. Jorge. Roberto Machim era um homem sensível e tinha o dom da palavra, por isso D. Jorge veio pedir-lhe para ir com ele esperar a sua jovem e bela prima Ana de Harfet.
Ao contrário do que esperava D. Jorge, Roberto e Ana apaixonaram-se. Mas os pais de Ana não aceitaram a união com um pretendente plebeu e ordenaram o casamento de Ana com um dos fidalgos da corte. Decidido a lutar por ela, Roberto Machim foi preso por ordem do rei durante alguns dias, enquanto a cerimónia de casamento se realizava. 'A saída da prisão esperava-o o seu fiel amigo D. Jorge que o informou que Ana estava a morrem de amor.
Com a ajuda de D. Jorge, Ana e Roberto fugiram num barco em Direcção a França, mas uma brutal tempestade desviou a embarcação para uma ilha paradisíaca. Ana não resistiu a febre que a tinha assolado durante a tormenta e foi enterrada na bela ilha. Conta-se que Roberto Machim morreu em cima da campa da sua amada e nela foi enterrado pelo seu amigo. A pretensa ilha a que aportaram os dois apaixonados é a ilha da Madeira, e do nome de Machim derivou o do Machico
In: http://www.ponto.altervista.org/Lugares/Lendas/machico.html

Recolha efectuada por: ice_girl

A lenda da ilha da Madeira

A beleza da ilha da Madeira tem dado origem a muitas lendas.Diz a lenda que a Virgem Maria chorava pelos sofrimentos de Jesus Cristo.Muitas eram as lágrimas que lhe corriam pela face depois caíam no seu mantoazul. Por cada lágrima vertida, uma estrela brilhante surgia no seu manto. E aVirgem Maria não parava de chorar tal como não parava de sofrer.Entretanto as lágrimas que se tornavam estrelas, uma escorregou do manto daNossa Senhora e foi cair no manto azul do mar.Aí se fixou e floriu. Assim a lágrima da Nossa Senhora, se fez terra, se fezilha da Madeira, se fez Pérola do Oceano.A ilha, nascida de uma lágrima de mãe, encheu-se de flores, de perfumes, deáguas que saltam e cantam, de gentes que trabalham e cantam.


In: http://eb1-contencas-baixo.blogspot.com/2006/05/lenda-da-ilha-da-madeira.html


Recolha efectuada por: Ice_girl

Lenda de São Vicente

São Vicente situa-se num vale do norte da ilha da madeira.
Os primeiros colonos escolheram São Vicente para viver.
Escondidos neste vale situam-se salvos dos piratas e dos corsários.
Conta a lenda que numa noite de Inverno um barco afundou nas águas do norte da ilha. No dia seguinte os populares avistaram uma imagem do Santo São Vicente a boiar sobre as águas. Para espanto de todos verificaram que a imagem vinha pousada em cima de um corvo.
Assim que a imagem de São Vicente chegou ao calhau, o corvo voou para nunca mais voltar. Esta foi levada e colocada na capela existente.
Daí o nome desta vila de São Vicente.
No dia seguinte a imagem apareceu junto a um rochedo existente perto do mar, onde mais tarde se construiu uma capela dedicada ao Santo. Ainda hoje este rochedo – capela do calhau – é considerado um símbolo desta freguesia.
Do corvo mais ninguém ouviu falar mas continua ligado á história de São Vicente. Há quem diga que em noites de Inverno o corvo espreita a vila de São Vicente. É considerado um animal agoirento.

Retirado do (Boletim Municipal de São Vicente Nº 0 de Set. de 1993)

Recolha efectuada por: Viter500

Atum Assado

Ingredientes:
1 posta de atum com cerca de 1 kg
1 dl de azeite
1 cebola grande
500 grs de semilhas (batatas) pequenas
3 tomatesSal e colorau q.b.
Salsa q.b.

Preparação:
Sangra-se o atum, introduzindo-o numa taça com água fria abundante, na qual deverá permanecer algumas horas. Numa panela faz-se um refogado com azeite, a cebola e o tomate cortado às rodelas, salsa, sal e colorau. Assim que o refogado começar a alourar, junta-se-lhe o atum escorrido e inteiro. Deixa-se cozinhar, virando o atum frequentemente, até estarlouro de ambos os lados. Nesta altura, e com o refogado já reduzido, vai-se juntando um pouco de água, à medida que vai sendo necessária. Quando o atum se apresentar quase cozido, deitam-se as semilhas descascadas, mas inteiras. As semilhas depois de prontas deverão ficar bem louras. Tapa-se a panela e, fora do lume, deixa-se o prato repousar um pouco,antes de ser servido. O atum assado é apresentado numa travessa coberto com molho e tendo em volta as semilhas.
Recolha efectuada por: Paintballer

Tapeçaria e Vimes da Madeira


Cores como azul, amarelo, vermelho, entre mil, ponto a ponto como uma pincelada, vão enchendo a talagarca com paisagens, flores, reproduções de pinturas ou de rostos.
Ora como produto de uma ocupação do tempo ou como resultado do trabalho de centenas de pessoas, esta já histórica tapeçaria da Madeira, deu origem a uma verdadeira actividade artística.
Na Madeira a esta transformação do saber artesanal numa actividade economicamente rentável, deve-se a uma família de origem alemã: os Kebeken.
Paul Max Viebeken, em 1938, resolve criar um atelier de tapeçaria, procurando deste modo diversificar a produção da fábrica de bordados que possuía no Funchal.
Coloca seu filho, Herbert Kiebeken a chefiar este atelier: a sua versatilidade artística aliada à habilidade das bordadeiras, traduzem beleza e qualidade das telas.
Este pequeno atelier cresce tanto em volume de negócios como em números de trabalhadoras, face ao sucesso da sua produção.
Várias são as firmas que se interessam por esta actividade e, a par com a dos bordados ocupam um lugar de destaque na vida económica da Madeira.
Como "nasce" uma tapeçaria na Madeira?
O processo é quase o de uma pintura impressionista.
Cada pincelada é substituída por um fio de lã; o pintor é substituído por um profissional, que a partir de um quadro vai bordando o original, no atelier da fábrica.
Consoante o que pretende reproduzir, o artesão varia a sua técnica, em pontos de "grado", "miúdo", "gobleliu" ou "alinhavado".
Como não tem esquema, também ele, tal como o pintor, desmancha, corrige e refaz, até chegar à versão final.
As lãs, vindas de longe, frequentemente da Austrália, antes de chegarem à Madeira, passam por outras paragens para serem tratadas e tingidas de modo a poderem resistir ao tempo e às traças.
Depois de se obter o original, muitas vezes por encomenda, este entra na fase de reprodução (geralmente feita no campo por mulheres) que copiarão em telas novas com lãs previamente escolhidas pelas maticadoras do atelier, o modelo recebido.
Após terminado o seu trabalho, este regressa de novo à fábrica onde será verificado, engomado e rematado.
Só depois é que receberá o selo de chumbo de garantia, aposto pelo instituto do bordado, Tapeçarias e Artesanato da Madeira.
Aplicada e usada em bolsas, forras de cadeira, painéis, tapetes e almofadas; a tapeçaria da Madeira, passará de geração em geração, pois a qualidade dos materiais aliada ao saber de quem as trabalhou, são a sua melhor garantia.
A obra de vime tem acompanhado o povoador madeirense; os artigos de uso comum satisfaziam as necessidades laborais tanto dos artesãos como do agricultor.
A indústria dos artigos de vime, teve o seu inicio na Camacha, em 1850, onde ainda hoje em dia se conserva, sendo o seu centro de maior produção.
A esta indústria tipicamente artesanal dedicam-se homens e mulheres.Ocupando terrenos marginais a outras culturas próximas dos cursos de água e de fácil irrigação, a cultura do vimeiro ocupa quase toda a ilha.
O vime - lote - é constituído por varas de tamanhos e diâmetros variáveis produzidos pelo vimeiro.
Cortado, descascado, secado; o vime segue então para a fase de transformação, sendo utilizados no fabrico de móveis e outros utensílios, principalmente cestos, p/ uso local e exportação.
Quanto aos seus aspectos funcionais, podemos dividir a obra de vime em três categorias:
Obra leve - cestos para flores e pequenos objectosObra média - cestos de vários formatos para uso doméstico, malas, caixas, etc...Mobiliário - cadeiras, mesas, berços, etc.
Os artesãos põem toda a sua criatividade e talento de cesteiros na criação de um verdadeiro artesanato.
A maior parte da obra de vime destina-se a exportação por encomenda, sendo bastante apreciada no estrangeiro nomeadamente Estados Unidos, Canadá, África do Sul, Itália, entre outros.

Informação retirada do site: http://www.guia-madeira.net/madeira/artesanato/vimes.htm



Recolha efectuada por: Skate Girl

Proverbios Madeirenses

Laranja de manhã é ouro, à tarde é prata e à noite mata.
Recolha efectuada por: nice_girl

Lendas e Superstições Madeirenses

Diz-se que se se colocar uma vassoura na porta da igreja e se deixar as pessoas entrar e, depois, se virar a vassoura ao contrário, quando as pessoas saírem, quem for bruxa não sai e quem não é sai.

Diz-se que quem estiver à meia-noite no meio de uma cruz de caminhos de braços abertos vê as bruxas a voar à sua volta e, se não tiverem uma cruz de alecrim, as bruxas levam essa pessoa com elas.

Recolha de campo efectuado por: nice_girl